Nos dias 22, 23 e 24 de agosto acontece, em Recife, o II Congresso 
Nacional de Direito Homoafetivo. Dentre os principais objetivos do 
congresso está a divulgação do projeto do Estatuto da Diversidade e seu 
papel na defesa dos direitos homoafetivos e a discussão de temas 
relevantes e atuais sobre o assunto, como a discriminação nas relações 
de trabalho, importância e efeitos das técnicas de reprodução assistida 
nas relações homoafetivas, a sucessão no Direito Homoafetivo, a 
violência doméstica homoafetiva, o casamento igualitário, dentre outros.
De acordo com a advogada e vice – presidente do IBDFAM, Maria 
Berenice, a ideia é que o congresso também  seja um espaço de 
capacitação de profissionais para o que ela acredita ser um novo ramo do
 direito. “Há quatro anos atrás o meu escritório era o único 
especializado em direito homoafetivo. Ainda hoje este tema não está nas 
universidades e o ramo do direito ainda resiste a esse debate. Esse 
congresso é uma das oportunidades de reflexão e capacitação desses 
profissionais”, explica. 
O deputado federal Jean Wyllys, que irá apresentar o tema Casamento
 Igualitário no congresso homoafetivo, acredita que essa é uma pauta de 
extrema importância para a inclusão dos direitos LGBTs no Estado 
Jurídico. “Esse tema pode se desdobrar em outras questões importantes 
como o enfrentamento da violência e a conquista de outras leis”, 
completa.
Estatuto 
De acordo com Maria Berenice os temas do congresso surgiram a 
partir das propostas do Estatuto da Diversidade  Sexual que será 
apresentado durante o evento com todas as sugestões e alterações 
consolidadas. O Estatuto conta com 109 artigos, que alteram 132 
dispositivos legais. A proposta criminaliza a homofobia, reconhece o 
direito à livre orientação sexual e iguala os direitos fundamentais 
entre heterossexuais e LGBTs.
Jean Wyllys  acredita que o Estatuto é um marco legal na efetivação
 dos direitos LGBTs  ao unir todas as proposições legislativas num mesmo
 projeto, além de ser importante por vir da sociedade civil organizada a
 partir da petição pública que recolhe assinaturas para a aprovação do 
projeto. “ Fui um dos primeiros a assinar a petição. Fico feliz que o 
Estatuto seja apresentado numa importante instância de reflexão como 
será o congresso Homoafetivo”, comenta.
Além do reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo 
sexo, o Estatuto estende o direito ao casamento civil, à adoção de 
filhos, à reprodução assistida por meio do Sistema Único de Saúde (SUS),
 à cirurgia de adequação do aparelho sexual, à identidade de gênero 
(troca de sexo) também pelo SUS, e à troca do nome em documentos e 
registros públicos. 
O Estatuto prevê também a criação de delegacias especializadas para
 o atendimento de denúncias por preconceito sexual contra LGBTs, 
atendimento privado para exames durante o alistamento militar e assegura
 a visita íntima em presídios para companheiros ou companheiros.
Inscrições e informações sobre o congresso pelo site: http://congressohomoafetivorecife.com.br
Assine a petição: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=EDS
Confira esse e outros eventos no portal do IBDFAM: http://www.ibdfam.org.br/novosite/eventos/ibdfam
Fonte: IBDFAM 
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